Dia do Veterinário

Dia do Veterinário
09 de Setembro

31 de mar. de 2010

XVII Seminário de Ensino da Medicina Veterinária e CONBRAVET


XVIII SEMINÁRIO NACIONAL DE ENSINO DA MEDICINA VETERINÁRIA
O Seminário será realizado na cidade de Brasília/DF, no período de 31/05 a 1º/06/2010.
Em breve a programação estará disponível para consulta.


Inscrições : http://www.cfmv.org.br/portal/inscricao/snemv.php




CONBRAVET
XXXVI Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária
Inovação e Responsabilidade Social
08 a 11 de novembro de 2010
Porto Seguro, BA

veja no site: http://www.conbravet.com.br/

18 de mar. de 2010

TEXTO DO CENTRO DE ESTUDOS DE VENENOSOS E ANIMAIS PEÇONHENTOS (CEVAP)



Acidentes Ofídicos


    Em Medicina Veterinária, os acidentes ofídicos mais freqüentes envolvem as serpentes dos gêneros Bothrops (jararaca, urutu, caissaca, jararaca pintada, jararacussu, jararaca ilhoa) e Crotalus (cascavel, boicininga e maracambóia). Acidentes com Micrurus (coral verdadeira) e Lachesis (surucucu pico de jaca, surucutinga) são raros, não havendo soro específico de uso veterinário para o tratamento dos acidentes para essas duas últimas espécies. Maiores informações devem ser obtidas em Emergências Médicas. Para uso veterinário, no Brasil existe somente o soro antiofidíco que neutraliza tanto o veneno crotálico como o botrópico.

    A predominância dos acidentes com animais envolve as serpentes do gênero Bothrops, sendo entretanto o acidente crotálico que apresenta maior risco de vida para o animal. É importante que o clínico esteja preparado para realizar a identificação da serpente não somente pela observação das características da mesma, mas pela evolução dos sintomas.

    As serpentes peçonhentas apresentam como características comuns (exceção feita para coral) a presença de fosseta loreal e pupila em fenda vertical. O gênero Crotalus apresenta guizo na cauda. O gênero Bothrops apresenta cauda lisa, sem qualquer estrutura , com manchas pelo corpo em forma de ferradura.

    Acidentes com serpentes não peçonhentas, como as jibóias, sucuris, boipevas, caninanas, salamantas, cobras-verde, e falsas corais ocorrem, mas são de pouca importância dependendo do porte do animal, devendo ser encarado como um ferida contaminada que deve ser tratada com antissépticos.




Acidente Botrópico


  

    O sintoma mais evidente é o edema progressivo (inchaço) no local da picada, como no focinho, barbela ou membros podendo em muitos casos ser observado também hemorragia, não sendo esta necessariamente a causa da morte.

    É importante ser considerada para efeito de atendimento e tratamento, o local da picada e a espécie animal acidentada. Nos animais de grande porte, a picada nos membros leva à dificuldade de locomoção e muitas vezes ao decúbito prolongado, incapacitando o animal para pastar e ter acesso aos bebedouros. O acidente na região da boca e língua pode impossibilitar o animal de ingerir alimentos e água o que propicia a desidratação.

    Nos eqüinos dada a incapacidade desses animais respirarem pela boca, a picada no focinho pode levar a morte por insuficiência respiratória. O mesmo pode ocorrer com bovinos quando o edema atinge a região da laringe.

    A gravidade do acidente botrópico está relacionada à quantidade de veneno injetada no momento da picada e o tamanho do animal. Quanto menor o porte do animal, menor a chance de sobrevivência. Quanto maior for o intervalo entre o acidente e o tratamento, mais graves serão os sintomas e as seqüelas observadas, principalmente necroses.

Tratamento:

    Em Medicina Veterinária, o tratamento é feito a partir das quantidades de veneno que as serpentes podem injetar no momento da picada. Nos acidentes causados por serpentes do gênero Bothrops a quantidade de soro a ser utilizada deve ser suficiente para neutralizar no mínimo 100 mg de veneno e 50 mg no caso de acidentes com serpentes do gênero Crotalus. O soro antiofídico de uso comercial é padronizado de forma que 1 mililitro neutraliza 2 miligramas de veneno botrópico e 1 miligrama de veneno crotálico. Assim sendo, a quantidade mínima de soro antiofídico a ser aplicada nos acidentes crotálico ou botrópico é de 50 mililitros independente do tamanho do animal.

    Em animais de grande porte (acima de 50 Kg) o volume total de soro (50 mL) deve ser aplicado lentamente por via intravenosa. Nos animais de porte menor, o soro deve ser diluído em solução fisiológica e aplicado gota a gota por via intravenosa. Na impossibilidade de se utilizar a via intravenosa, o soro deve ser administrado preferencialmente pela via intraperitoneal ou em último recurso pelas vias intramuscular e subcutânea. Em hipótese alguma o soro deve ser aplicado ou infiltrado no local da picada. Doses maiores de soro e a necessidade de repetição do tratamento devem ser consideradas em função da remissão dos sintomas ou a critério do Médico Veterinário.

    A quantidade de soro a ser utilizada deve ser aplicada independente do tempo decorrido entre o acidente e o atendimento, sendo que a eficácia do tratamento com o soro é maior quanto menor for esse tempo.

Tratamentos Complementares:

    Os animais acidentados devem ser mantidos sob observação permanente de no mínimo 72 horas, devendo ser mantidos em locais sossegados, confortáveis e submetidos ao mínimo de movimentação ou manipulação.

    Os animais com incapacitação para ingerir água devem ser adequadamente hidratados por via parenteral com soluções eletrolíticas como ringer lactato.

    Nos animais acidentados na região da cabeça, particularmente equídeos, a dificuldade respiratória deve ser corrigida mediante a realização de traqueostomia. Os animais de grande porte (acima de 100 Kg), principalmente quando acidentados nos membros, devem ser mantidos quando em decúbito em local forrado com bastante capim ou areia macia.

    Os ferimentos no local da picada devem ser lavados com água e sabão e tratados com antissépticos. O local da picada não deve ser lancetado, perfurado ou garroteado com o intuito de reduzir a absorção do veneno. Essa prática pode levar a infecções gravíssimas, e contaminação pelos microorganismos causadores do tétano ou gangrena gasosa. O uso de antibióticos e a profilaxia do tétano devem ser feitas sob orientação do Médico Veterinário.

    Sintomas de reações anafiláticas causadas pela aplicação do soro são raros e devem ser tratados de acordo com a gravidade, com medicamentos a base de adrenalina, antihistamínicos e corticosteróides, e interrupção temporária da administração do soro.

    Em alguns casos de animais mesmo tratados adequadamente, pode advir o óbito em virtude da presença no veneno inoculado de grande quantidade da fração hemorrágica que causa lesão disseminada do endotélio vascular causando hemorragias fatais na face, nas cavidades abdominal, torácica ou ainda no saco pericárdico ou no espaço subdural, razão pela qual a necrópsia deve ser sempre realizada nesses casos. Essa fração hemorrágica nem sempre é neutralizada pelo soro utilizado no tratamento.




Acidente Crotálico


  

    O acidente crotálico se caracteriza por ausência de alterações no local da picada a não ser o ferimento causado pelas presas da serpente, nem sempre visível . Os sintomas mais evidentes nesse tipo de acidente são a urina de coloração escura (mioglobinúria), sinais de cegueira, dificuldade na locomoção, imobilidade total e decúbito.

    Nos cães, observa-se além da imobilidade, dificuldade do animal em sustentar o peso da cabeça, paralisia do globo ocular e diminuição ou
ausência dos movimentos da palpebra. O olho do animal parece estar "vidrado". Nos bovinos e equinos a paralisia do globo ocular pode ser observada pela rotação da cabeça do animal, sem a contrapartida da rotação do globo ocular em sentido contrário.

    Os cães apresentam, à medida que os sintomas evoluem, prostração total e dificuldade ou ausência de qualquer manifestação de resposta
quando estimulados pelo dono.

    A morte do animal não tratado se dá pela paralisia respiratória e ou insuficiência renal aguda.

Tratamento:

    As serpentes do gênero Crotalus tem capacidade de inocular no ato da picada em média 50 miligramas de veneno, quantidade que pode ser maior em função do tamanho da serpente ou do tempo de jejum que se encontra a mesma..

    O tratamento desse tipo de acidente como já foi anteriormente mencionado deve ser feito com o soro antiofídico, utilizando o volume mínimo (50 mL) suficiente para neutralizar 50 miligramas do veneno. A aplicação do soro segue as mesmas recomendações descritas no caso do acidente botrópico, ou seja a via preferencial é a via intravenosa. No caso de reaparecimento dos sintomas (urina de coloração escura) o tratamento deve ser repetido.

Tratamentos Complementares:

    No acidente crotálico é imprescindível o confinamento do animal de grande porte e a internação em ambiente hospitalar dos de pequeno porte. A aplicação de líquidos e eletrólitos deve ser feita de forma agressiva por via intravenosa de modo a ser mantida a perfusão renal. A coloração e o volume de urina emitida pelo animal deve ser constantemente observada, bem como a realização de testes de avaliação da função renal com finalidade de se prevenir o desenvolvimento de insuficiência renal aguda pela presença da mioglobina na urina e da ação do próprio veneno.

    Nos cães e mesmo em animais de grande porte, além dos cuidados de enfermagem, deve ser administrado periodicamente colírios a base de solução fisiológica para se evitar o ressecamento da córnea e o aparecimento de úlceras.

    Os sintomas de prostração, imobilidade e dificuldade de locomoção persistem por vários dias mesmo no animal tratado, em virtude das lesões ocorridas nas fibras musculares. Durante todo o tempo de internação, deve ser oferecido ao animal água em pequenos volumes diretamente na boca de forma a não deixar haver ressecamento das mucosas e no segundo ou terceiro dia de tratamento deve-se oferecer alimentos de consistência pastosa diretamente na boca do animal, mesmo quando se encontram em decúbito lateral.

    A recuperação plena do animal acidentado mesmo tratado pode levar semanas, não devendo em hipótese alguma os animais serem forçados a se movimentar além do necessário. Nos casos de animais de grande porte como os bovinos e equinos, o tratamento com soro deve ser feito no local onde se encontrou o animal, evitando-se ao máximo o esforço de movimentação, particularmente nas primeiras horas pós tratamento.

    Considerando que a picada da serpente pode inocular microorganismos patogênicos, a profilaxia do tétano e o uso de antibióticos siatêmicos de ser considerada, ficando o seu uso a critério do Médico Veterinário.




Soros Disponíveis no Mercado


    Nome Comercial do Soro: Soro Antiofídico - Vencofarma

    Formulação: Botrópico - Crotálico

    Apresentação: Caixas com 5 ampolas de 10 ml

    Capacidade de Neutralização: Cada mililitro neutraliza 2,0 mg de veneno de B. jararaca e 1,0 mg de veneno de Crotalus durissus terrificus

    Endereço Completo: Travessa Dalva de Oliveira, 235; Chácara 5 - Gleba Lindóia; 86360-380 - Londrina - Paraná - Brasil.

Bactérias presentes na boca de ofídios

Os acidentes com ofídios representam um grande problema de saúde pública, não só por sua frequência, mas principalmente por complicações secundárias locais e sistemáticas.  
A cavidade oral dos ofídios apresentam uma abundante flora bacteriana.  Dentre as principais espécies de bactérias encontradas estão Morganella morganii, Escherichia coli, Providentia (Gram negativos) e Stretococcus - tipo D (gram positiva).
Dentre os gram negativos isolados de abcessos por picadas de cobras a espécie Morganella morganii é a mais frenquente, aparecendo em cerca de 45% dos pacientes picados por cobras do gênero Bothrops (jararacas).


Curiosidades da Classe OPHIDA

No mundo todo são descritas mais de 3.000 espécies de cobras, sendo que 410 são peçonhentas. 
No Brasil há 265 espécies, distribuídas em 73 gêneros, e dessas, 57 são consideradas peçonhentas

ANIMAIS SÃO PEÇONHENTOS OU VENENOSOS?

Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa: Ex. serpentes, aranhas, abelhas, escorpiões e arraias.
•Animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), provocando envenenamento passivo por contato (lonomia ou taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).
Fonte - Guia SUS

SOBRE ACIDENTES OFÍDICOS

MEDIDAS PREVENTIVAS
            - Não andar descalço;
            - Não introduzir a mão em buracos no chão ou sob grandes pedras;
            - Olhar com atenção por onde caminha, principalmente em matagais;
            - Evitar o manuseio de serpentes vivas ou mortas;

CUIDADOS APÓS O ACIDENTE
            - Procurar ajuda médica imediatamente, de preferência levando a serpente para a identificação;
            - Não garrotear o local, pois agrava a necrose e pode induzir ao choque;
            - Evitar movimentação e agitação;
            - Tratamento com soro específico e anti-histamínicos.
            - Se o choque for eminente - administração de corticoterapia.

PEÇONHA OFÍDICA

PEÇONHA OFÍDICA
            O veneno das serpentes é secretado por um par de glândulas supralabiais volumosas, situadas simetricamente nos lados da cabeça, logo abaixo e para trás dos olhos, posição que determina maior alargamento e a conseqüente forma triangular da cabeça das espécies peçonhentas.
            Há uma perfeita adaptação do canal glandular ao canal dentário das presas inoculadoras das serpentes solenóglifas, de modo que a peçonha é inoculada sob pressão, graças a uma expansão da mucosa e à potente musculatura da região.
            A peçonha é um líquido pouco viscoso, transparente, levemente leitoso ou amarelado. É constituído de complexos elementos protéicos (enzimas proteolíticas, neurotóxinas, fosfatidases), que variam nas diferentes espécies. Desse modo, suas ações no homem também são variáveis, mas são basicamente:
            Ação proteolítica­ - decompõe as proteínas, causando destruição dos tecidos (necrose).
            Ação coagulante - quando o veneno penetra lentamente e em pequenas doses na circulação sangüínea ocorre a destruição direta do fibrinogênio ou coagulação de fibrinogênio (proteína do sangue), impedindo a coagulação. Entretanto, quando essa penetração é rápida e em doses ainda pequenas, a desfibrinação é precedida por um aumento da coagulabilidade. Nos casos de penetração rápida de grandes doses, ocorre coagulação maciça dentro dos vasos, seguida de morte.
            Ação neurotóxica - contém substância tóxica para o sistema nervoso, determinando perturbação da visão, queda das pálpebras superiores (ptose palpebral), torpor, sensação de adormecimento ou formigamento.
            Ação hemolítica - destruição dos glóbulos vermelhos. O veneno provoca alterações importantes a nível de rins, podendo causar morte por insuficiência renal aguda. Na prática, essa ação é evidenciada pela eliminação da meta-hemoglobina através da urina, que se apresenta com cor de coca-cola.


SINTOMATOLOGIA

GRUPO BOTRÓPICO E  LAQUÉTICO - veneno proteolítico coagulante.
            Todas as serpentes do gênero Bothrops  e Lachesis produzem sintomas semelhantes, variando apenas a intensidade, de acordo com a quantidade de veneno inoculado.
            Há sempre dor, edema e cianose local. Depois aparecem bolhas, que podem conter sangue no seu interior. Quando as reações locais tornam-se mais intensas, aparece febre e freqüentemente infecção secundária.  Nos casos graves há vômitos, seguidos de prostração, sudorese e desmaios. Quando há inoculação de grandes quantidades de veneno, como nas picadas de Jararacuçu, pode haver hemorragias pelo nariz, gengiva, borda das unhas e urina. Em situações mais severas, pode ocorrer queda de pressão sangüínea, com possibilidade de colapso periférico e risco de vida para o acidentado.


GRUPO CROTÁLICO - veneno neurotóxico e hemolítico.
            Geralmente não provocam dor local. Após 30 a 60 minutos do acidente, aparecem as dores musculares, particularmente na região da nuca, distúrbios da visão, ptose palpebral (Fascies neurotóxicas). Nesses casos, o acidentado sente tonturas, imagem turva e dupla. Pode haver hemoglobinúria (meta0hemoglobina na urina) que se apresenta em urina cor de coca-cola. Pode haver vômitos. Nos acidentes mais graves, há comprometimento renal, com risco de vida por insuficiência renal aguda.



GRUPO ELAPÍDICO - veneno neurotóxico.
            Geralmente não há dor local. Logo após a picada há formigamento da região, com irradiação para a raiz do membro afetado. Após 30 a 60 minutos do acidente, aparecem as dores musculares, particularmente na região da nuca, distúrbios da visão, ptose palpebral (Fascies neurotóxicas). Nesses casos, o acidentado sente tonturas, imagem turva e dupla. Esse quadro pode ser acompanhado de salivação grossa, dificuldade de engolir e de falar. Nos casos mais severos,  há risco de vida por paralisia respiratória.
            Todos os acidentes por coral verdadeira são considerados graves.

FAMÍLIAS DE SERPENTES VENENOSAS NO BRASIL

FAMÍLIA: VIPERIDAE

Subfamília: Crotalinae
            Solenoglifas. Dentes inoculadores de veneno, fosseta loreal presente, cabeça achatada e triangular bem destacada do corpo, escamas em quilha ou embricadas (casca de arroz), focinho terminando em ponta. Olhos com pupila elíptica vertical. Corpo curto e grosso, cauda curta, quase sempre afilando bruscamente. Ovovivíparas.
Características da cauda        1. Cauda lisa: Bothrops
                                             2. Cauda com creptáculo: Crotalus
                                              3. Cauda com escamas arrepiadas: Lachesis

GÊNERO: Bothrops- Jararacas. Cauda lisa, não espinhosa, faixa escura atrás dos olhos, escamas cefálicas achatadas, dorsais, dorso amarelado com manchas laterais triangulares, em forma de telefone, ventre esverdeado.   Ovovivíparas.
Habitat: campos e roçados
Veneno proteolítica coagulativa
  B. jararaca- Jararaca. Pode alcançar mais de 1 metro de comprimento. RS, SC, PA, SP, RJ, algumas áreas de MS e BA.
  B. jararacussu- Jararacuçu. Pode alcançar mais de 2 metro de comprimento. SC, PA, SP, RJ, ES, MS, algumas áreas de MS e BA.
  B. alternatatus- Urutu, urutu cruzeiro. Pode alcançar mais de 1 metro de comprimento. Ocorrência: RS, SC, PA, SP, MG e MG;
  B. atrox- Jararaca grão de arroz. Pode alcançar mais de 1 metro de comprimento. Floresta amazônica.
  B. cotiara- Cotiara, Jararaca de barriga preta. É menor que 1 metro. RS, SC, PA e SP.
  B. moojeni- Caiçaca. Pode alcançar mais de 1 metro de comprimento. Ocorre nos campos cerrados desde o PA e SP até  MA.
  B. neuwiedi- Boca de sapo, jararaca pintada. Pode alcançar pouco mais de 1 metro de comprimento. Ocorre em praticamente todo o Brasil, exceto no vale amazônico.

GÊNERO: Crotalus- Cascavel. Cauda com guizo, chocalho ou creptáculo. Cabeça coberta de escamas imbricadas, curta, distinta do pescoço, corpo cilíndrico e robusto.
Ovovivípara.
Habitat: terrenos secos e pedregosos.
Veneno de ação neurotóxica e hemolítica.
  C. durissus- Cascavel ou Boicininga. Podem alcançar mais de 1 metro de comprimento. Ocorre em praticamente todo o Brasil, exceto no vale amazônico. Tem muitas subespécies: C. durissus cascavella, C. durissus collineatus, C. durissus marajoensis, C. durissus terrificus e C. durissus ruruima.

GÊNERO- Lachesis- Surucucu pico de jaca. Cabeça curta, coberta de escamas, escamas cefálicas granulosas dorsais com imbricamento muito saliente, escamas caudais espiniformes. Dorso pálido amarelado, com losangos castanhos ao longo da região vertebral.
  L. mutans- Surucucu pico de jaca, surucucu de fogo, surucutinga. São as maiores serpentes peçonhentas das Américas, podendo alcançar mais de 4 metros de comprimento. Ocorre nas florestas litorâneas do estado do Rio de Janeiro para o norte, e por todo o vale amazônico. Tem 2 subespécies L. mutans mutans e L. mutans noctivaga.
Ovípara.
Habitat: florestas densas e sombrias da região tropical.
Veneno de ação proteolítico coagulante.

FAMÍLIA: ELAPIDAE
            Proteroglifas. São pequenas, de cabeça pequena, pouco distintas do corpo, o corpo é revestido de placas e anéis contínuos, coloridos de preto, marrom ou vermelho, não tem fosseta loreal, olhos reduzidos, com pupilas elípticas ou sub-elípticas. São ovíparas
            Hábitos subterrâneos.
Gênero: Micrurus
 M. corallinus-  Coral verdadeira. Cabeça negra, primeiro anel negro situado logo após a cabeça, anéis afastados e em número de 15 a 31 ao longo do corpo. Veneno de ação neurotóxica.


Chave para identificação de cobras Coral 

Baseada em uma classificação existente, o nome coral pode ser dado para cobras com características diversas. Isto porque a adaptação a coloração de cobras do gênero Micrurus é bastante comum, uma vez que estas cobras são possuidoras de venenos poderosos.
Temos assim, um exemplo de um caso de mimetismo da coloração aposemática (coloração chamativa que indica perigo) das cobras corais.
Chave dicotômica  para classificação de cobras corais
Corpo vermelho sem anéis................................................... Elapomorphus tricolor Corpo vermelho com algum tipo de anel............................................pg.2


Página 2 Corpo vermelho com anéis ou faixas simples.................................... pg.3
Corpo vermelho com anéis múltiplos..................................................
pg.6


Página 3
Dorso com faixas pretas transversais......................................
Pseudoboa rhombifera
Dorso com séries de anéis pretos e amarelos.....................................
pg.5


Página 5
Focinho saliente e arrebitado.............................................
Lystrophys semicinctus
Focinho arredondado ....................................................
Erythrolamprus aesculapil

Página 6 Focinho saliente e anguloso..................................Simophis rhinostoma
Focinho arredondado ..........................................................................
pg.7


Página 7 Cauda fina e longa. Cabeça mais larga que o pescoço. 
Olho visível ..................................................................Pseudoboa trigemina
Cauda grossa e curta. Cabeça tão larga o pescoço. Olho mal visível .............
pg.8


Página 8 Anéis pretos iguais - Parietal afastado de labiais.................................pg.9
Anéis pretos desiguais (sendo o central mais largo)................................
pg.10


Página 9
Cabeça preta manchada de amarelo.................................Micrurus frontalis
Cabeça amarela com 2 faixas pretas.....................................
Micrurus lemniscatus

Página 10 Parietal afastada de labiais..................................................Micrurus fischeri
Parietal contigua a labiais...........................................................
Micrurus decoratus

ESQUEMAS - OFÍDIOS

ESQUEMA DE CABEÇAS E CAUDAS DE OFÍDIOS




CAUDAS DE CROTALUS, BOTHROPS E LACHESIS
ESQUEMAS DE DENTIÇÃO DE OFÍDIOS



12 de mar. de 2010

Metas de emagrecimento!


Confira as 14 metas da educação alimentar, indicadas pelo Centro de Referência em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

1) Faça de 5 a 6 refeições por dia.
2) Frutas na sobremesa e nos lanches.
3) Coma verduras e legumes no almoço e no jantar.
4) A porção de carne deve ser do tamanho da palma da mão.
5) Troque a gordura animal por vegetal e consuma com moderação.
6) Modere nos açúcares e nos doces.
7) Diminua o sal e os alimentos ricos em sódio.
8) Consuma leite ou derivados na quantidade recomendada.
9) Consuma pelo menos 1 porção de cereal integral.
10) Coma uma porção de leguminosas por dia.
11) Reduza o álcool. Evite o consumo diário.
12) Beba no mínimo 2 litros de água por dia.
13) Faça pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias.
14) Aprecie sua refeição. Coma devagar.

BOTE

O bote é um típico comportamento defensivo dos ofídios. A cobra pode modular sua velocidade em função de sua intenção de introduzir os dentes ou não.  A altura do ataque varia de acordo com o comprimento da cobra, normalmente a cobra pode levantar-se por até 1/3 do seu comprimento, normalmente, cerca de 30 cm de altura, o que coincide com a canela ou o focinho. dos animais.


OFÍDIOS SEGUNDO SUA FUNÇÃO VENENOSA

SEGUNDO A FUNÇÃO VENENOSA
1. Desprovidas de veneno
      A. Espécies grandes ou gigantescas, não subterrâneas. Família: Boidae- jibóia, sucuri, píton.
      B. Espécie de vida aquática, com uma única espécie brasileira. Família: Anilidae- coral d’água, Amazonas.
2. Venenosas sem importância médica
            A. Aglifas- sem dentes sulcados, incapazes de inocular veneno. Família Colubridae (Boipeva, caninana, jararacuçu do brejo);
            B. Opistoglifas- com dentes sulcados e colocados posteriormente, de modo que  dificilmente inoculam seu veneno no homem ou em animais domésticos. Família: Colubridae (falsas corais, muçurana).
3. Venenosas e de importância médicaSEGUNDO A FUNÇÃO VENENOSA
1. Desprovidas de veneno
      A. Espécies grandes ou gigantescas, não subterrâneas. Família: Boidae- jibóia, sucuri, píton.
      B. Espécie de vida aquática, com uma única espécie brasileira. Família: Anilidae- coral d’água, Amazonas.
2. Venenosas sem importância médica
            A. Aglifas- sem dentes sulcados, incapazes de inocular veneno. Família Colubridae (Boipeva, caninana, jararacuçu do brejo);
            B. Opistoglifas- com dentes sulcados e colocados posteriormente, de modo que  dificilmente inoculam seu veneno no homem ou em animais domésticos. Família: Colubridae (falsas corais, muçurana).
3. Venenosas e de importância médica
            A. Proteroglifas- dentes anteriores fracos, sulcados, por onde escorre o veneno. Normalmente são terrestres e de hábitos subterrâneos. No Brasil, é o tipo que ocorre na corais verdadeiras. Também nas Najas européias e asiáticas;
            B. Solenoglifas- dentes anteriores fortes, perfurados por um canal central. Ex. Família Viperidae.
Crotalinae- com fosseta lacrimal ou loreal entre o olho e a narina. Peçonhentas das Américas e Ásia;
Viperinae- sem fosseta lacrimal ou loreal entre o olho e a narina. Peçonhentas da Europa e Ásia.
            A. Proteroglifas- dentes anteriores fracos, sulcados, por onde escorre o veneno. Normalmente são terrestres e de hábitos subterrâneos. No Brasil, é o tipo que ocorre na corais verdadeiras. Também nas Najas européias e asiáticas;
            B. Solenoglifas- dentes anteriores fortes, perfurados por um canal central. Ex. Família Viperidae.
Crotalinae- com fosseta lacrimal ou loreal entre o olho e a narina. Peçonhentas das Américas e Ásia;
Viperinae- sem fosseta lacrimal ou loreal entre o olho e a narina. Peçonhentas da Europa e Ásia.
CLASSE REPTILIA
ORDEM SQUAMATA
SUBORDEM  OPHIDA (ophis = serpente)

CLASSIFICAÇÃO DE OFÍDEOS SEGUNDO A PRESENÇA DE PRESA INOCULADORA DE PEÇONHA
1. Aglifa ou aglifodonte - presas inoculadoras ausentes. Ex. Jibóia
2. Opistóglifa - presas inoculadoras, sulcadas, localizadas na parte posterior da boca (opisto = posterior). Ex. Muçurana
3. Proteróglifa - presas inoculadoras, sulcadas, localizadas  na parte frontal da boca (protero = anterior). Ex. Coral
4. Solenóglifa - presas inoculadoras móveis, perfurados por um canal central, localizadas na parte frontal da boca. (soleno = canal). Ex. Jararaca. 


CLASSIFICAÇÃO DOS OFÍDEOS SEGUNDO SUA FUNÇÃO VENENOSA
1. Sem produção de peçonha - cobras aglifas.
2. Com produção de peçonha, mas sem importância médica - Opistoglifas- com dentes sulcados e colocados posteriormente, de modo que  dificilmente inoculam seu veneno no homem ou em animais domésticos. 
3. Peçonhentas, capazes de provocar acidentes em  humanos ou animais. 



Dentição aglifa de uma jibóia


8 de mar. de 2010

Sapos: quer saber mais?



glândulas



Bufotoxina

NÃO HÁ ANTÍDOTO PARA A BUFOTOXINA


A bufotoxina, uma vez ingerida absorvida pela pele é acumulada no organismo e, devido ao tamanho de suas moléculas, não é filtrado pelos rins. A cada vez que a toxina entra em contato com um organismo mais toxina é absorvida e acumulada, 


ACIDENTES COM ANIMAIS


A primeira medida a ser tomada é a remoção do veneno da boca do animal, ou do local onde houve contato, por meio de lavagem com água corrente em grande quantidade, devendo-se ter o cuidado de manter o animal com a cabeça abaixada de modo a não provocar o afogamento ou forçar o animal a ingerir a água


TOXINA PSICOATIVA
O Bufo alvarius ou Sapo-do-Rio-Colorado, também conhecido como o Sapo-do-Deserto-de-Sonora, é um sapo psicoativo achado no sudoeste dos Estados Unidos e no norte do México. A Pele e o Veneno do Bufo alvarius contém 5-MeO-DMT e Bufotoxina.

O início dos efeitos psicotrópicos da bufotoxina ocorem segundos após fumar/injetar, ou minutos depois de cheirar. A Experiência é as vezes descrita como similar a uma experiência de quase-morte