Dia do Veterinário

Dia do Veterinário
09 de Setembro

28 de out. de 2010

HEMIPTERA

(hemi = do grego metade; pteron = do grego asa)


SUBFILO MANDIBULATA
CLASSE INSECTA
ORDEM HEMIPTERA
SUPERFAMÍLIA REDUVIOIDEA



CLASSE INSECTA
            Corpo dividido em cabeça, tórax e abdomen, Possuem 3 pares de pernas (antiga ordem Hexapoda). Apresentam simetria bilateral. Antenas são divididas em escalpo (parte articulada na cabeça), pedicelo e flagelo (1 a 10 segmento chamados de flagerômeros). Olhos compostos são formados por centenas de omátídeos, cada omatídeo é uma célula de visão, todas as células unidas dão origem a uma única imagem, garantindo uma visão bastante ampla para o inseto.
            Ocelos presentes ou ausentes, sendo auxiliares na visão, situados na parte dorsal da cabeça.

ORDEM HEMIPTERA
            Espécies conhecidas – 50 mil
            Nomes populares: Barbeiros, percevejos, Maria-fedida, fede-fede, barata d’água.
            Tamanho variando de 1 mm a 20 cm (Barata-d’água).
            O corpo é grande e achatado
            A cabeça é livre, prognata, de tamanho variável, sendo curta nas espécies fitófagas e longa nas espécies hematófagas.
            Podem se alimentar de substratos variáveis, podem ser hematófagos, fitófagos ou entomófagos.
            Os fitófagos apresentam o rostro longo, reto  e com 4 segmentos e no caso de entomófagos ou predadores, o rostro é curto, em forma de arco e com 3 segmentos. O rostro dos hematófagos é reto, fino e com 3 segmentos.
            Os olhos são compostos, bem grandes, proeminentes e dvidem a  cabeça em região pós ocular e ante ocular. Ocelos presentes na maioria dos hemípteros, presente em Triatominae e ausente em Cimicidae.
            Possuem dois  pares de asas, um mesotorácico chamado de Hemiélitro e outro metatorácico. O hemiélitro é dividido em uma parte anterior coreácea, chamada de cório e formada pelo clavo e pelo embólio e outra mole e membranosa posterior chamada de membranosa.
            As asas metatorácicas, quando presentes são membranosas.
            O tórax apresenta o protórax be desenvolvido. Após o protórax continua-se o Escutelo, que é triangular e se localiza entre as asas mesotorácicas.
            O abdômen apresenta de 9 a 11 segmentos chamados de urômeros. Os últimos segmentos são modificados para formar a genitália. A parte não coberta pela asa é plana e é chamada de conexivo.   
            Possuem 3 pares de perna. Cada perna apresenta quatro segmentos, coxa, fêmur, tíbia e tarso. O tarso tem 3 segmentos que terminam em garras nas extremidades.
            Os Hemiptera são hemimetabólicos, ou sejam não apresentam memorfose completa. As fases jovens são bastante semelhantes aos adultos. O desenvolvimento passa pelos estágios de ovo, cinco fases de ninfa  e adultos machos e fêmeas.

            A ordem Hemiptera apresenta dois grupamentos de importância veterinária e agrícola, que são separados de acordo com o tipo de asa mesotorácia e pelo tamanho do protórax em Heteroptera e Homóptera.
            O grupo dos Heteropteros, apresentam asas mesotorácicas em forma de hemiélitro e pronoto bem desenvolvido e meso e metanotos pequenos. Os hábitos alimentares podem variar entre fitofagismo e hemofagismo ou hemolinfofagismo.  Todos os homópteras são fitófagos e podem ser diferenciados por apresentarem as asas totalmente esclerotizadas,  pronoto e metanoto pequenos e mesonoto bem desenvolvido.
            Os hemípteras de interesse veterinário são do grupo Heteropteros e são hematófagos.



SUBORDEM CRYPTOCERATA – aquáticos (“baratinhas d’água”)

SUBORDEM GIMNOCERATA – hemípteros terrestres.
            Há muitas famílias nessa subordem. As principais características para diferenciação daqueles que são hematófagos, fitófagos e predadores está no formato e segmentação do aparelho bucal.

            PREDADORES OU ENTOMÓFAGOS
            A probóscida é curta, com 3 segmentos e a tromba apresenta-se curva. As pernas anteriores são mais fortes. O pescoço é facilmente visualizado.

            HEMATÓFAGOS
            A probóscida é curta, com 3 segmentos e a tromba é reta. As pernas são iguais. A cabeça é alongada e estreita. O pescoço pode ser facilmente visualizado. Os hemípteros hematófagos provavelmente evoluíram de um ancestral entomófago predador.

            FITÓFAGOS
            A probóscida é longa, com 4 segmetnos. A tromba é retilínea. As pernas são iguais. O pescoço não é visível quando olhado de cima.


FAMÍLIA REDUVIIDAE –
SUBFAMÍLIA TRIATOMINAE
            Subfamília com mais de 100 espécies, vetores ou potenciais vetores da doença de Chagas.
            Inseto hematófago obrigatório, temporário e intermitente.
            São conhecidos vulgarmente como “ barbeiros, fincão, chupança”. Os membros dessa subfamília se alimentam exclusivamente de sangue de vertebrados.
            Há vários gêneros, Alberprosenia, Cavernícola, Eratyrus, Microtriatoma, Parabelmirus, Psammolestes, Paratriatoma, mas os três mais importantes e conhecidos são os gêneros Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius.
            O tamanho dos triatomineos pode variar muito, de 1,6 a 44 mm, mas a grande maioria mede aproximadamente 2,5 mm.
            A coloração dos barbeiros é importante na caracterização das espécies, pode variar do negro ao palha, com manchas e desenhos de cores branco, castanho, palha, vermelho e laranja.


 CICLO BIOLÓGICO
            O ciclo dos triatomineos envolve, necessariamente, repasto sanguineo nas cinco fases ninfais e para promover a reprodução dos adultos. A fonte de alimentação é procurada através de sensores de calor localizados nas antenas, que podem captar o CO­2 da respiração. Podem picar qualquer local do corpo que esteja descoberto, mas como algumas espécies são atraídas pela respiração tendem a picar o rosto.
            A maioria dos triatomineos são de hábitos alimentares noturnos, de dia permanecem escondidos, de preferência próximos ao ambiente freqüentado pelos hospedeiros e saem à noite para o repasto sanguineo. Algumas espécies podem procurar alimentação ainda de dia.             Os triatomineos, quando iniciam a sucção do sangue injetam continuamente a saliva anti-coagulante, anti-serotonina, anti-histamina e um vaso-dilatador (óxido nítrico), entre outras substâncias.  A alimentação costuma demorar, chegam a sugar até 10 vezes o próprio peso e depois ficam impossibilitados de voar. Quando ficam repletos o estômago tende a comprimir o intestino e o barbeiro defeca e urina. A defecação pode ocorrer ainda durante a alimentação, na sua fase final, ou logo em seguida. O momento da defecação, proximidade do local de alimentação são de muito valor na transmissão de Trypanosoma cruzi.
            Normalmente um ou dois repastos são suficientes para a mudas das fases de ninfa. Após a alimentação, a distenção do abdômen inicia a liberação da ecdisona, um hormônio que induz a ecdise e há inicio nas transformações celulares e formação da nova cutícula.
            Os hemípteras são insetos hemimetabólicos, as fases imaturas são semelhantes aos adultos. Não há fases de pupa. As fêmeas são ovíparas e após a cópula e alimentação colocam algumas centenas de ovos, que podem ser deixados no ambiente ou aderidos à substratos, como folhas, dependendo da espécie. A freqüência e produtividade da ovogênese é cíclica e está associada ao repasto e ao volume de sangue ingerido.  Após 2 a 4 semanas eclode a ninfa de primeiro instar, que após endurecer a cutícula procura alimentar-se, o que se repete durante os cinco estágios de ninfa até a transformação em adultos. As formas imaturas não são aladas, têm o aparelho reprodutivo incompleto e são menores. Nas ninfas III, IV e V pode-se obsrevar vestígios de asas que vão aumentando de tamanho até chegar a fase adulta, quando as asas são completas.
            O ciclo completo pode ser longo, dependendo da disponibilidade de alimento e da temperatura ambiente. Em alguns hemípteras hematófagos, o período de desenvolvimento de ovo até adulto demoram até 350 dias. O perído que compreende todo o desenvolvimento das cinco fases de ninfa demoram cerca de 180 dias.

HÁBITOS
            A maioria dos hemípteros é terrestres, mas algumas espécies são aquáticos ou semi-aquáticos. As espécies aquáticas são conhecidas como Baratinha d’água e são predadores, algumas espécies capturam e sugam pequenos peixes ou rãs.
            Os hemípteros terrestres sugam seiva de plantas e são chamados de fitófagos, alguns sugam a hemolinfa de insetos e são chamados de entomófagos ou predadores  e alguns, Cimicidae e Triatominae se alimentam de sangue de aves e mamíferos, inclusive do homem.
            Os triatomíneos tem hábitos alimentares noturnos, de dia permanecem em seus esconderijos e a noite procuram os hospedeiros. Os esconderijos podem ser variados, no domicilio podem se esconder atrás de móveis, quadros, nas ripas do telhado, em frestas das paredes, preferem colonizar casas de barro ou taipa, pelas suas paredes irregulares. No peridomicílio preferem galinheiros e canis. Na floresta, se agrupam em tocas, nas copas das árvores, em palmeiras ou em cavernas.
            De acordo com a espécie, os barbeiros podem ser antropofílicos, quando o hospedeiro preferido é o homem, ou zoofílico, quando os animais são escolhidos. Alguns mostram antropozoofilia. A antropofilia é essencial na transmissão da doença de Chagas.
            A maioria dos triatomíneos apresentam hábitos silvestres, em geral associados a abrigos de animais. Alguns são estritamente domiciliares, vivem associados aos humanos. Alguns são peri-domiciliares, habitam o abrigo de animais domésticos e eventalmente invadem as casas.



EPIDEMIOLOGIA
            Todos os triatomíneos são suscetíveis à infecção pelo T. cruzi,em qualquer de seus estágios de vida, mas na natureza poucos insetos se apresentam positivos em face a pequena possibilidade de sugar sangue contaminado. O maior índice de contaminação de barbeiros ocorre naquelas regiões onde há indivíduos contaminados e a infecção pode se propagar.
            A maioria das espécies de barbeiros se alimenta em aves, animais refratátarios para o T. cruzi, assim como os anfíbios e répteis. A infecção é permanente, uma vez adquirido o inseto não se livra do protozoário.      O protozoário é ingerido juntamente com o sangue na alimentação e se diferencia e reproduz no tubo digestivo, tornando-se infectante para um novo hospedeiro quando é liberado nas fezes ou quando o triatomíneo é ingerido.
            Usualmente o T. cruzi é inoculado pelo próprio hospedeiro, na ferida de alimentação, pela ação irritativa da saliva que provoca prurido após o termino do repasto.
            Epidemiologicamente a colonização de áreas livres é o fenômeno chave, pois a grande maioria dos triatomíneos vive distante e não causa nenhum mal. Os barbeiros são insetos de pouca plasticidade e apresentam lentidão e dificuldade em adaptar-se  a diferentes ambientes. Os triatomíneos invadem as casas e peridomicílio vindo direta e ativamente das matas próximas ou carreados passivamente pelo homem, através de lenha ou folhas. Quando uma casa atinge sua carga vetorial máxima, os insetos procuram alimento disponível na casa vizinha e assim se espalham.
            Os triatomíneos podem ser transportados passivamente para diferentes regiões através de móveis em mudanças. Também se dispersam passivamente através de ovos e ninfas aderidos em penas de aves ou pelos de animais domesticos ou silvestres. Os animais sinatrópicos são mais importantes no transporte de triatomíneos que infectam o homem com o T. cruzi.
            Desmatamento, queimadas, depredação e uso de pesticidas ou pela construção de estradas e casas de péssima qualidade (capazes de abrigar o barbeiro) ou pela perpetuação da pobreza e ignorância e falta de higiene, facilitam e favorecem a dispersão do inseto e da doença de Chagas.
            Alguns animais são refratários e  podem atuar como reservatório do T. cruzi, pois servem de alimento aos triatomineos, como alguns animais silvestres marsupiais, roedores, morcegos, tatus, tamanduás, preguiças, carnívoros e macacos. Cães e gatos são os principais reservatórios. Ratos e morcegos, por sua grande mobilidade e pelo fato de invadirem a habitação humana e ambientes silvestres podem transportar os triatomíneos.



IMPORTÂNCIA MÉDICA E MEDICO VETERINÁRIA
            Os barbeiros podem perturbar o sono, causar irritação da pele e até anemia em ciranças já desnutridas. As picadas causam dor e reação alérgica.
            Os triatomíneos podem hospedar o Trypanosoma cruzi, protozoário que já foi encontrado em mamíferos de quase 200 espécies. Como é comum os triatomíneos eliminarem fezes e urina durante e logo após o hematofagismo, podem depositar as formas infectantes tripomastigotas metaciclicas do T. cruzi, localizadas no seu intestino posterior, sobre a pele e mucosas do hospedeiro. O parasito pode penetrar em pequenas lesões da pele, como a da picada do inseto, ou na mucosa ilesa. O protozoário pode causar problemas sérios como insuficiência cardíaca.


MORFOLOGIA
            Cabeça bastante móvel, alongada e estreita. Região pós-ocular mais curta que a ante-ocular. Olhos compostos laterais e conspícuos. Ocelos presentes na região pós-ocular.  Probóscida com 3 segmentos e tromba reta em ângulo agudo sobre a cabeça. O conjunto do aparelho bucal é voltado para trás. É constituído pelo labro (3 segmentos), hipofareinge e epifaringe. Antenas com 4 segmentos, implantada num pequeno tubérculo na frente dos olhos. O primeiro segmento é sempre menor, os terceiro e quarto segmentos são filiformes e apresentam filamentos sensoriais. No tórax, o pronoto é bem desenvolvido e trapezoidal. O escutelo, estrutura que se segue ao tórax é triangular e pode existir desenhos variáveis de acordo com a espécie. As pernas são longas e delgadas, com quatro segmentos, sendo o ultimo, o tarso, trisegmentado e terminando em garras. Nos machos do gênero Rhodnius também encontramos uma ventosa, que o possibilita subir pelas paredes facilmente. Há dois pares de asas nos adultos, exceto no gênero Meprai, que são ápteros. Um par é mesotorácico, do tipo hemiélitro e o outro é metatorácico, membranoso. As ninfas não são aladas. Os adultos quando repletos de sangue, após a alimentação, não conseguem voar. O abdômen tem 11 segmentos ou urômeros, sendo o primeiro muito reduzido e os últimos modificados para formar a genitália, deixando-os com aparência de apenas seis segmetos. As bordas laterais dos urômeros formam o conexivo. A extremidade posterior das fêmeas terminam num ovipositor e os machos com borda posterior do corpo arredondada;


GÊNERO Panstrongylus
tamanho grande
cabeça curta e grossa
tubérculo antenal bem próximo ao olho

GÊNERO Triatoma
conexivo ( parte dorsal onde a asa não cobre) amarelado
tubérculo da antena entre o olho e a extremidade da cabeça.

GÊNERO Rhodnius
tubérculo antenal bem perto do ápice
PRINCIPAIS ESPÉCIES

Triatoma infestans
            É a principal espécie vetora de Trypanosoma cruzi. É bastante importante no contágio da doença pois é extremamente domiciliada. A distribuição independe do macroclima externo, ocorre numa larga faixa de valência ecológica. Pode ser raramente encontrado em tocas sugando roedores, mas sempre próximos ao domicilio. Espécie antropofílica, prefere sugar sangue humano Hábitos noturno, de dia se refugia dentro ou próximo da casa do hospedeiro. Tem preferência por habitar casas de barro.

Panstrongylus megistrus
            É a espécie vetora de T. cruzi de maior importância no Brasil. Está amplamente distribuída no Brasil. É altamente suscetível ao T. cruzi. Provoca grandes focos de Doença de Chagas nos estados de Minas Gerais e Bahia.  A localização preferencial varia de acordo com a região do país, é domiciliado no leste brasileiro, silvestre no sul e peridomiciliar no restante. Parece que, inicialmente, habitaria matas, mas pode ter sofrido mutação espontânea e se adaptado ao domicilio.

Rhodnius prolixus
            É uma espécie de acentuada antropofilia. Apresenta ciclo de vida e reprodutivo bastante rápido e elevada densidade nos locais por ele habitados. É altamente suscetível ao T. cruzi, com índices de até 80%, e defeca logo após alimentar-se. É transmissor de T. cruzi e T. rangeli. Tem hábitos sinantrópicos, ou seja, acompanha o homem.

T. brasiliensis
            Espécie dominante nas zonas secas do nordeste brasileiro. Está espécie é a testemunha da adaptação de hemípteros hematófagos silvestres à habitação humana e ainda pode ser encontrada no domicilio, peridomicilio e nas matas.

T. rubrofasciata
            É a única espécie cosmopolita, tem origem asiática. Não é boa vetora de T. cruzi mas é vetora natural de T. comorhini de ratos. É domiciliar e suga preferencialmente ratos.

T. sórdida
            Espécie de papel secundário na transmissão de T. cruzi. Tem preferência por sangue de aves, habita o peridomicilio, principalmente galinheiros.



Superfamily CIMICOIDEA Latreille, 1802

FAMÍLIA CIMICIDAE Latreille, 1802
           
            percevejos da cama
                        Cimex – percevejo no romano e Coris – no grego

            Os percevejos dessa família são hematófagos obrigatórios. São pequenos, medem no máximo 10 mm. O corpo é achatado e oval. A cabeça é grande e o clipeo pedunculado. O rostro é curto e robusto, com 3 segmentos, projetado para frente. As fêmeas possuem um órgão copulador em forma de fenda chamado de órgão de Ribaga, que se abre entre os terceiro e quarto segmentos abdominais. Os olhos são compostos e salientes. Os ocelos estão ausentes. As antenas são curtas e apresentam 4 segmentos. Os hemiélitros são reduzidos ou rudimentares, sem asas. O protórax é transversal, mais largo do que alto. Escutelo largo em triângulo obtuso.
            Alguns percevejos possuem uma glândula que secreta uma substância química de odor desagradável, quando o inseto se sente em perigo. Por isso, também são chamados de Maria-fedida.
            O desenvolvimento dos cimicideos é hemimetabólico, com ovos, 5 fases de ninfa e adultos machos e fêmeas. Após a copula a fêmea inicia a postura. Os ovos são postos aderidos a substratos como folhas, troncos e outros materiais.
            O hematofagismo dos percevejos-de-cama, deve transcorrer desde o tempo em que o homem vivia em cavernas, no interior das quais se alojavam morcegos e andorinhas.
            Os cimicídeos são insetos domésticos e tem hábitos noturnos, durante o dia vivem escondidos em fendas na parede, atrás dos móveis, no estrado da cama, nas costuras dos colchões.


SUBFAMÍLIA CIMICINAE
            São percevejos hematófagos de animais como morcegos, aves e inclusive podem espoliar o homem. São cosmopolitas.
            O que diferencia as subfamílias de importância médico veterinária é o órgão de Ribaga, que em cimicineos se localiza a direita da linha longitudinal do abdômen. A tromba sugadora também pode ser usada como característica morfológica e nessa subfamília a tromba não chega até a base das coxas medianas atinge as coxas do primeiro par de pernas. O protórax apresenta 1 par de cerdas ?.
               GÊNERO Cimex Cimex Linnaeus, 1758
               São duas as espécies mais importantes, Cimex lectularius Linnaeus, 1758 e C. hemipterus (Fabricius, 1803). C. lectularius pode ser diferenciado pelo aspecto do protórax que é profundamente escavado, encaixando perfeitamente a cabeça. A medida relativa do protórax é de 4 vezes mais largo do que alto. O protórax de C. hemipterus é raso e 2 vezes mais largo do que alto.


SUBFAMÍLIA HAEMATOSIPHONINAE Jordan & Rothschild, 1912
            São percevejos hematófagos de aves. O órgão de Ribaga é encontrado na linha mediana do abdômen. A tromba sugadora é mais longa que em Cimicinae e alcança a base das coxas medianas. São nidicolas.
            GÊNERO Ornithocoris
            Corpo revestido de cerdas curtas. Cabeça em forma de pirâmide. O pronoto é mais largo na base e apresenta 2 pares de cerdas nos ângulos posteriores do protórax. Antenas com o terceiro e quarto artículos mais delgados que os dois primeiros. Tufos de cerdas nos ápices das tíbias I e II. Tíbias I e II mais curtas que as tíbias III.
            As espécies conhecidas são O. toledoi, parasito de galinhas e outras aves, O. pallidus parasito de galinhas e andorinhas e O. furnari, parasito de João-de-Barro. Podem ser encontrados nos ninhos ou galinheiros.



2 comentários:

  1. Muito bom, bem completo. Não sou da área de veterinária (faço biológicas) mas achei seu texto ótimo.

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