REINO ANIMALIA
FILO ARTROPODA
SUBFILO CHELICERATA
É o maior grupo dos artrópodes. Possuem grande importância econômica e médica pois podem transmitir muitos agentes patogênicos.
A característica principal deste grupo é a presença de quelíceras. As quelíceras são peças da estrutura de alimentação que são introduzidas nas presas ou hospedeiros.
CLASSE ARACHNIDA
Nesse grupo estão incluídos as aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos.
Os aracnídeos possuem além das quelíceras, um par de órgãos com funções sensoriais e auxiliares na alimentação chamados de palpos. Esses indivíduos não possuem cabeça verdadeira e a maior parte do corpo é fusionada, não podendo ser observada as suas segmentações.
SUBCLASSE ACARI
São o maior táxon dos Artropodas Cheliceratas. Os indivíduos são heterogênicos, heteromórficos e provenientes de distintos ramos filogenéticos.
Os Chelicerata são distantes dos Insecta, porém próximos às aranhas.
Os acarinos adultos são normalmente octopodas, com exceção de Eriophyidae, alguns hexapodas são considerados falsas aranhas e ainda há os Podapolipidae com apenas 2 pares de patas.
O corpo dos acarinos compreende basicamente duas regiões: o gnathosoma e o idiosoma. O gnathosoma é a falsa cabeça e é onde se inserem os palpos e quelíceras. As pernas são localizadas no idiosoma.
ORDEM IXODIDA
São conhecidos como carrapatos, são os maiores ácaros. São ectoparasitos hematófagos obrigatórios de vertebrados.
A cutícula dos aracnida, e outros artrópodes, é secretada pela epiderme e é constituída por proteínas, lipídeos e polissacarídeos. A epicutícula, abaixo da cutícula, é formada por cuticulina, uma proteína. A cuticulina é composta por lipídeos, um tipo de verniz, que previnem a evapotranspiração e protege e impermeabiliza.
A excreção dos Ixodida é feita através da glândula coxal e dos Túbulos de Malpigue. A glândula coxal é de importância patogênica, pois em algumas espécies há transmissão de gentes patogênicos como Borrelia através do liquido coxal.
Possuem o hipostômio denteado e um órgão sensorial olfativo chamado de Órgão de Haller na face dorsal do tarso do primeiro par de pernas e não possuem garras nos palpos. As pernas são formadas por 6 segmentos: coxa, trocanter, fêmur, patela, tíbia e tarso, sendo o último trisegmentado. No mundo são conhecidas cerca de 825 espécies, divididas em 3 famílias: Argasidae, Ixodidae e Nuttallidae, no Brasil já foram descritas 54 espécies em 9 gêneros.
Têm considerável importância Médica e Médica Veterinária podendo determinar injúrias diretas ou indiretas como transmissão de agentes patogênicos.
FAMÍLIA IXODIDAE MURRAY, 1877
São os “carrapatos duros”, tem essa denominação devido ao seu escudo dorsal bastante esclerotizado em todas as suas fases de desenvolvimento. O escudo apresenta dimorfismo sexual, recobre 1/3 do corpo nas larvas, ninfas e fêmeas e completo é nos machos. O capítulo é visível e terminal em todos os estágios. As placas espiráulares são grandes e se localizam após a coxa 4 (Metastigmata). Os olhos estão presentes na margem lateral do escudo dorsal.
A família Ixodidae é dividida em 2 grandes grupos: Prostriata e Metastriata e inclui 5 subfamílias e 13 gêneros. Em Prostriata o sulco anal está localizado anteriormente ao ânus e apresenta uma única subfamília Ixodinae, com cerca de 217 espécies. Em Metastriata o sulco anal é posterior ao ânus e apresenta 4 subfamílias: Amblyomminae, com 2 gêneros Amblyomma e Aponomma, com 126 espécies; Haemaphysalinae, com 1 gênero, Haemaphysalis e 155 espécies; Hyalominae, gênero Hyaloma e 30 espécies e Rhipicephalinae com 115 espécies distribuídas em 7 ou 8 gêneros (incluindo ou não o gênero Boophilus), Anomalahimalaya, Cosmiomma, Dermacentor e Anocentor, Margaropus, Nosomma, Rhipicentor e Rhipicephalus.
Outra classificação divide os carrapatos em 2 grupos distintos pelo tamanho do aparelho bucal em Brevirostratae, com aparelho bucal curto encontrado nos gêneros Haemaphysalis, Rhipicephalus e Anocentor e Longirostratae encontrado nos gêneros Hyaloma e Amblyomma.
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