SUBFAMILIA RHIPICEPHALINAE
GÊNERO Rhipicephalus
São mais de 70 espécies deste gênero. São pequenos metasriata. A base do capítulo é hexagonal dorsalmente e possuem olhos e festões. a coxa 1 é bífida nos dois sexos. O macho possui um par de placas adanais e um par de placas adanais acessórias na face ventral.
R. sanguineus
É conhecido como carrapato vermelho do cão. É uma espécie de 3 hospedeiros. O hospedeiro principal é o cão, mas mamíferos como felinos, bovinos, ovinos, leporinos, roedores e primatas podem ser acometidos, além de aves.
Apresentam geotropismo positivo, procuram locais mais altos para promoverem as mudas e ovipostura. A oviposição é de cerca de 4.000 ovos e dura até 40 dias. A incubação dos ovos ocorre em 17 a 30 dias. As larvas não alimentadas sobrevivem por até 8 meses e adultos por 19 meses ou mais. Larvas e ninfas alimentam-se em prazo de uma semana, as fêmeas adultas ingerem sangue durante 6 a 21 dias.
IMV – são hospedeiro invertebrados de Babesia canis, e vetores de Haemobartonella , Ehrlichia canis, Rangelia, Hepatozoon, Rickettsia rickettsii (agente infeccioso da febre maculosa). Pasteurella tularensis, Borrelia hispanica
MORFOLOGIA
1. Escudo sem ornamentação
2. Sulco anal posterior
3. Rostro e palpos curtos
4. Base do Capítulo hexagonal
5. Peritrema em vírgula
6. Coxa 1 com 2 longos espinhos
7. Machos com festões
8. Machos com 2 placas adanais e 2 acessórias
9. Machos quando repletos apresentam prolongamento caudal
GÊNERO Rhipicephalus (Boophilus)= Boophilus Curtice, 1891
A designação genérica Boophilus, do grego Boo = amigo, philus = amigo significa amigo do boi.
São 5 espécies deste gênero. São carrapatos pequenos, sem ornamentação e festões. O sulco anal é rudimentar. A base do capítulo é hexagonal dorsalmente e possui um par de olhos simples laterais ao escudo dorsal. A coxa 1 é bífida. Possui um par de placas adanais e um par de placas adanais acessórias que margeiam o ânus posteriormente. Apresenta apêndice caudal. O peritrema é oval. Rostro e palpos são curtos e o hipostômio é mais longo que o palpo.
R. B. microplus Canestrini, 1887
B. microplus é a única espécie do gênero encontrada no Brasil. É uma espécies de 1 único hospedeiro. Parasitam vários ruminantes e outros mamíferos como bovinos, bubalinos, camelinos, eqüinos, asininos, caprinos, caninos, felinos, cervídeos, leporinos, suínos e preguiças, canguru. Período da fase parasitária 21 dias. Duração da postura 15 a 20 dias.
A fêmea ovipõem cerca de 4000 ovos durante 2 a 40 dias, com média de 14 dias. Após 14 a 150 dias ocorre a eclosão e a larva é liberada, principalmente nas pastagens onde estão os hospedeiros. A larva pode sobreviver até 20 semanas sem alimentação, mas se a temperatura for desfavorável perde sua viabilidade em 2 a 3 semanas. O período médio que as fases parasitárias permanecem no hospedeiro é de 21 dias. Todas as mudas e a cópula ocorrem no próprio hospedeiro.
IMV
São hospedeiros invertebrados de Babesia bovis e B. bigemina. Atuam como vetores de Anaplasma marginale
MORFOLOGIA
1. Corpo oval
2. Escudo sem ornamentação
3. Base do gnatosoma hexagonóide
4. fêmeas com área porosa elipsóide
5. Sulco anal posterior rudimentar nos machos e ausentes nas fêmeas
6. Rostro e palpos curtos
7. Placa espiracular arredondado ou oval
8. Palpos curtos e com cerdas
9. Hipostômio mais longo que o palpo com 4 fileiras de dentes
10. Sem festões
11. Coxa I
a. Macho com 2 espinhos, triangulares
b. fêmea com 2 espinhos arredondados, do mesmo tamanho e separados por depressão em forma de V invertido
12. Coxas II e III
a. fêmea com espinhos largos na base, sendo mais largos do que longos, arredondados
13. Coxa IV
a. fêmea com espinho externo formando saliência marginal
b. macho desprovida de espinhos
14. Machos com prolongamento caudal, também chamado de cone opistosomal
15. Machos com 2 placas adanais longas e 2 acessórias curtas
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